Quem acompanha de perto meus artigos aqui no blog deve lembrar da lista de 13 filmes para curtir ESSA sexta-feira 13, onde falei rapidamente sobre uma franquia bem importante para a categoria do terror.
Esse é o nosso décimo oitavo filme da série #31diasdeterror e o meu terceiro artigo em contribuição para o tema, já falei sobre Christine – O Carro Assassino e Entrevista com o Vampiro, filmes mais brandos em comparação aos grandes clássicos do terror.
Mas chegou a vez dele, o mestre do terror, o único que tem o poder de entrar em nossos sonhos, transforma-los em pesadelos e tornar realidade: o grande Freddy Krueger.
Muitos podem achar que Krueger nasce em 1984 com a estreia de A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street), mas na vida do diretor e escritor Wes Craven, Freddy já tinha dado as caras durante sua infância: em uma noite foi acordado por barulhos e murmúrios que vinham da rua, quando olhou pela janela viu um homem velho vestindo um casaco comprido e um chapéu de feltro. Ele se aproximava de sua janela e ao chegar perto, parou subitamente, abaixou a cabeça e olhou para Wes, o pequeno se assustou, e enquanto via o homem se aproximar da porta do prédio, acordou o irmão mais velho que correu para fora com um bastão de beisebol, mas o homem tinha sumido.
Temos mais duas situações ao longo da vida do diretor que influenciaram diretamente a criação de A Hora do Pesadelo.
Um: o fascínio pelos estudos dos sonhos realizados por Freud e Jung que conheceu ao estudar psicologia na faculdade. Assim Wes começa a escrever os relatos de seus próprios sonhos, que com o tempo lhe traz uma certa consciência de que estava dormindo, podendo “dirigir e escrever” o que vivia durante o sono.
Dois: Uma reportagem sobre um rapaz de Los Angeles que sofria com pesadelos em que um homem monstruoso o perseguia para matá-lo. Era tudo tão real que o garoto resolveu parar de dormir. Um dia seu pai, que era médico, resolveu lhe dar pílulas que o ajudaram a cair no sono. A família que tinha ido dormir aliviada, achando que o surto havia passado, acorda com os gritos do rapaz que se debatia na cama, e que antes de ser controlado, acabou morrendo.
Olhando para essas experiências de Wes Craven podemos acreditar que tudo aconteceu do jeito certo para que Freddy Krueger nascesse e se tornasse o sucesso que virou.
Mesmo sendo produzido pela ainda inexperiente e independente New Line Cinema, o filme contou com requintes de produção para transpor a linha entre o real e o imaginário e nos apavorar com a ideia de um ser que nos alcançaria durante o sono, por exemplo, para a cena do banho de Nancy, um banheiro foi construído em cima de uma piscina e a banheira não tinha fundo. Houve também a utilização de um set rotativo com o cenário montado de cabeça para baixo para que a câmera ficasse na posição normal para a gravação das mortes de Glen e Tina.
A Hora do Pesadelo é elogiado pelo pioneirismo no estilo que fugiu dos assassinos loucos, reais e mascarados que dominavam o mundo do terror na época, desde o seu lançamento é sucesso entre a crítica especializada e entre o grande público, a prova disso foi a arrecadação de 1,8 milhões de dólares com a bilheteria da primeira semana, que cobriu o investimento do filme, ao todo o filme arrecadou 25,5 milhões de dólares com as bilheterias americanas.