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Mentes Sombrias – crítica

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Por Seiichi Hissamura, com colaboração de Milena Marques

Mentes Sombrias, filme baseado na obra de Alexandra Bracken do mesmo título, chegou aos cinemas no dia 17 de agosto, e eu e minha esposa, Milena, fomos conferir.

Logo de cara, quando ela me mostrou o trailer, reparei na semelhança com X-Men. Ok, um filme ou outro, pega carona em alguma idéia ou referência já carimbada como sucesso de bilheteria e etc, mas particularmente, achei Mentes Sombrias “xerocada” demais no filme dos mutantes.

A trama do filme se baseia em uma epidemia de um vírus, que deixa as crianças na faixa dos 10 anos, com sequelas neurológicas, o que desencadeiam os seus poderes, que são divididos em cores, sendo os verdes a base da cadeia, os mais inteligentes, os azuis, telecinéticos, seguidos pelos dourados, capazes de manipular a eletricidade, os laranjas, telepatas, e no topo da pirâmide, os vermelhos, desprovidos de sentimentos como discernimento e empatia, poderosos, raros e com poder de destruição.
Assim, simples assim, e sem maiores explicações de como surgiu esse vírus, essa doença, do que deu errado, como e porquê a doença só afeta as crianças, como que a doença aleatoriamente é atribuída a cada tipo de “poder”, enfim, assim, jogado na sua cara, como se o filme fosse uma sequência, em que essas questões já foram apresentadas no primeiro filme. Só que não.

Ruby, a protagonista do filme, tem seus poderes manifestados pouco antes de completar seus 10 anos, e, traída pelos seus próprios pais, é denunciada e levada a uma espécie de campo de concentração, onde as crianças são mantidas prisioneiras, em um mundo habitado apenas por adultos “sadios”.

Com a ajuda de uma médica, Ruby consegue fugir do campo, e no meio do caminho, se junta a outros jovens, que estão procurando um centro de refugiados, onde possam viver em paz.
Até descobrir pistas deste “santuário”, e chegar nele, Ruby e seus amigos enfrentam os caçadores de recompensas e o exército. Mas ao chegar no centro de refugiados, quando se pensa que finalmente conseguirão a paz, um incrível plot twist acontece e o filme toma um pouco de fôlego.

Mas no geral, Mentes Sombrias é um filme com uma idéia boa, não original, mas até que boa, mas sem base, com muitas dúvidas sobre a origem da doença, onde exatamente está a população, porquê crianças tão poderosas estão sendo aprisionadas por meros soldados sem esboçar reação nenhuma, enfim, tem boas cenas de ação, mas o roteiro é totalmente jogado.

Há um gancho para a sequência do filme, que, dado a baixa bilheteria, nunca acontecerá. Aliás, o filme dá aquela famosa “barrigada” (encheção de linguiça) que poderia ter sido evitada com o desenvolvimento do que se dá a entender que vá acontecer no próximo filme (se acontecer), o momento pelo qual você espera o filme inteiro, é prometido no trailer, mas não é entregue ao espectador.

Nota: 2/5 sauros

ps: assistam primeiro o filme, e depois vejam se as semelhanças são meras coincidências…

ANO: 2018

CLASSIFICAÇÃO: 14 anos

DURAÇÃO: 103 min

DIREÇÃO: Jennifer Yuh Nelson

ROTEIRO: Chad Hodge

ELENCO: Patrick Gibson, Gwendoline Christie, Bradley Whitford, Mandy Moore, Amandla Stenberg

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