H. P. Lovecraft é sem sombra de dúvidas um dos maiores autores de terror de todos os tempos. Não apenas famoso, mas também um grande influenciador tanto de escritores que vieram depois dele quanto do próprio gênero, especialmente o horror cósmico.
Talvez seu maior legado seja Cthulhu, a grande entidade de nome impronunciável e que diversas vezes foi e será referenciada na cultura pop. E claro, filmes baseados em sua obra não teriam como não existir.
Richard Stanley dirige e Nicolas Cage protagoniza “A Cor Que Caiu do Espaço”, filme baseado no clássico conto de Lovecraft, adaptado para os dias de hoje e que estreará nos cinemas este ano.
Vale a pena ler “A Cor Que Caiu do Céu” antes de ver o filme?
Para mim sempre vale a pena ver o conteúdo original no qual os artistas, sejam atores, diretores, produtores, se basearam. Não por uma mera questão de querer comparar qual é a melhor, mas para digerir a mesma fonte da qual eles se alimentaram.
E ver quais adaptações foram feitas, não para reclamar se não estão fiéis, embora eu mesmo tenha minha cota de filmes adaptados de livros em que a ideia original teria funcionado melhor do que a inventada. Mas isso não é regra. É até prazeroso quando é diferente e bom.
Dito isso, o conto de Lovecraft se passa muitos anos atrás, quando as pessoas ainda andavam de charrete. Tudo gira em torno de um estranho e misterioso meteorito que caiu na pequena Arkham trazendo consigo uma cor única jamais vista.
Um homem visita o local e se depara com uma região cinza completamente devastada. Ele então escuta de um local sobre o meteorito que teria causado tamanha tragédia e as pessoas afetadas por ela. E é aqui que a história de fato começa.
Grandioso, mas ao mesmo tempo contido, Lovecraft sabe como nos fazer ter medo do desconhecido, daquilo que somos incapazes de compreender e de nossa pequenice diante do espaço. Como uma cor pode nos provocar tamanho pavor? Para saber isso, terá de ler o conto. Extremamente recomendado inclusive para aqueles que querem se iniciar no gênero ou conhecer as obras do autor.
Colunista: Walter Niyama é formado em Jornalismo pela ESPM-SP. Ele é autor dos livros O Mistério dos Suicidas; Guardiões de Sonhos – As Portas dos Pesadelos; e Anos Atrás – Uma História de Santiago Valentim.